Ao lado da manutenção dos veículos, o consumo de combustíveis é uma das principais despesas da gestão de frotas. Por isso, se a sua empresa já conseguiu reduzir os custos de manutenção apostando na gestão eficiente e em soluções como a terceirização de frotas, vale a pena analisar também o uso de gasolina ou etanol para escolher a melhor opção.
De fato, o preço do etanol é menor, mas isso não significa que ele é sempre mais vantajoso do ponto de vista econômico. Afinal, a eficiência energética da gasolina é maior que a do biocombustível.
Então, quer entender melhor como fazer esse cálculo e o que considerar ao escolher entre gasolina e etanol para o abastecimento da sua frota de veículos leves? Basta continuar lendo!
A principal diferença entre os dois combustíveis é a origem. Enquanto a gasolina é um derivado de petróleo, o etanol é produzido a partir de fontes renováveis, como a cana-de-açúcar. Além disso, ambos os produtos têm preços distintos, em função de estímulos tributários para o incentivo da energia limpa.
Com a popularização dos veículos flex fuel, o custo-benefício de cada um dos combustíveis passou a ser a razão principal de escolha de motoristas e de gestores de frota. No entanto, existem várias outras particularidades em cada um dos combustíveis, como veremos a seguir.
Por ser um combustível fóssil, a gasolina tem um potencial poluente muito maior do que o etanol, que não emite gases — como o dióxido de carbono (CO2) — na atmosfera.
Estudos recentes comprovam isso ao demonstrarem que, quando o preço da gasolina cai, aumenta a poluição do ar na capital paulista, uma das cidades brasileiras com maior índice de carros/habitante.
Outra diferença importante da gasolina em relação ao biocombustível é o seu preço, que é baseado em cotações do petróleo, oscilações de câmbio e impostos.
De acordo com a Petrobras, 39% do preço final da gasolina correspondem ao Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), e outros 16% se relacionam à Cide, PIS/PASEP e Cofins. Portanto, nada menos do que 55% do preço final do litro da gasolina são tributos.
Apesar desse preço normalmente mais alto que o etanol, contudo, a gasolina tem maior eficiência energética, o que significa que o seu rendimento no tanque é maior. Em outras palavras, quem abastece com etanol paga menos, mas precisa encher o tanque mais vezes.
O etanol, por sua vez, tem como principais benefícios o menor preço por litro e a redução das emissões poluentes.
Aliás, por ser um combustível renovável e com baixas emissões, ele também tem uma tributação menor — essa é uma maneira de o Governo estimular o seu consumo. Na média nacional, a alíquota de ICMS varia entre 12% e 25%, não há incidência de Cide e o PIS/COFINS tem um valor fixo, de R$ 0,3515/litro.
Sua grande desvantagem, porém, está na autonomia: o etanol tem poder calorífico menor do que a gasolina. Assim, o motorista que opta pelo biocombustível precisa reabastecer o veículo com maior frequência.
Como explicamos, o valor do litro de etanol costuma ser inferior ao da gasolina, assim como o seu rendimento. Por isso, para o motorista se certificar de qual combustível é mais vantajoso, é preciso recorrer a um cálculo simples.
Na hora de abastecer, o preço do etanol (valor por litro) deve ser dividido pelo da gasolina. Caso o resultado seja menor ou igual a 0,70 (ou seja, 70%), o etanol é mais vantajoso; se for superior, a gasolina está valendo mais a pena. Dependendo da tecnologia do veículo, no entanto, esse percentual pode variar para 75%.
O ideal é observar quantos quilômetros por litro o veículo faz. Em automóveis dotados de computador de bordo, isso é registrado no equipamento. Nos outros, é necessário fazer o cálculo manual, zerando o hodômetro no momento do abastecimento e verificando a quilometragem por litro. Esse controle de combustíveis é fundamental para garantir melhores resultados para a frota.
Também vale destacar que, em alguns municípios, os postos revendedores são obrigados a manter uma placa comparativa mostrando ao consumidor a relação entre os preços dos dois combustíveis, para facilitar a sua escolha.
É claro que isso não é uma regra fixa, mas se o preço do combustível estiver muito mais baixo do que os valores praticados pela concorrência e isso não for resultado de uma ação promocional, desconfie! Apesar dos esforços de fiscalização, ainda existem várias fraudes sendo praticadas no mercado de combustíveis.
No caso da gasolina, a desconformidade mais comum, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), é o teor de etanol acima do permitido (27%). Já no etanol, o teor alcoólico é um dos grandes problemas.
Existem dois tipos de etanol utilizados no mercado: o anidro (que é o produto adicionado à gasolina pura, chamada gasolina A) e o hidratado, usado para abastecimento dos tanques dos veículos. Como o próprio nome diz, o hidratado contém certo percentual de água (entre 4% e 5%). Quantidades acima disso podem baratear o seu custo, mas tornam o produto irregular e prejudicam o seu desempenho.
Se você tiver dúvidas, seja com gasolina ou etanol, solicite ao posto a execução de testes de conformidade. Inclusive, além dessas questões de qualidade, outra razão para possíveis preços fora da curva é a irregularidade conhecida como bomba baixa, ou fraude volumétrica. O teste para comprovar se o medidor de volume da bomba está adequado também pode ser feito no posto.
A resposta, como você percebeu, depende de vários fatores. O preço costuma ser o principal motivo de escolha, embora não seja a única razão relevante. Motoristas que optam por abastecer com menos frequência, por exemplo, podem se aborrecer diante da menor autonomia do biocombustível.
Além disso, a decisão pode depender do fluxo de caixa da empresa. Abastecer o veículo com um produto cujo preço de bomba é menor muitas vezes é uma solução momentânea até o equilíbrio das contas, por exemplo. Ou seja, o valor desembolsado é menor.
A questão ambiental e a preocupação com a redução do volume de emissões também devem ser considerados para a escolha por gasolina ou etanol.
Enfim, gostou destas informações? Sobrou alguma dúvida ou tem mais uma dica para compartilhar sobre esse tema? Deixe-nos um comentário e conte o que é mais relevante na hora de escolher o combustível da frota da sua empresa! Acesse o site do Unidas Frotas.
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